• O destino entrelaça as histórias de três personagens que só tinham em comum a origem no Nordeste distante. O novo romance de Paulo de Mello Bastos é uma alegoria da eterna busca do tempo perdido, da terra prometida, do ideal utópico, mas, sobretudo, a história de amigos-irmãos por mais de 70 anos.
  • Paulo de Mello Bastos, hoje com lúcidos 90 anos, decidiu abrir a caixa-preta do golpe de 64. Como secretário político do Comando Geral dos Trabalhadores, o então temido CGT, participou dos principais fatos durante o governo João Goulart. Há revelações até para o autor: ele descobriu, por exemplo, que havia um esquema armado dentro do CGT. Para o jornalista Marcos de Castro, A Caixa-Preta pode ser lido como um romance dos bons, daqueles que você tem pressa de virar a página porque o fio da meada é tenso, não afrouxa nunca. Outro jornalista, Geneton Moraes Neto, acrescenta que são memórias que podem ser lidas como reportagens. Melhor para o leitor.
  • O livro é a história romanceada da Família Bastos. Em 1870, termina a guerra do Paraguai e o padastro de Rogério volta à cidade natal: Cajazeira, no sertão da Paraíba. Ele será o marido de Tauã, a matriarca da família. Almocreves, armas de leite, cangaceiros, escravos, cantadores, senhores de engenho: Mello Bastos mergulha nas lembranças infantis dos relatos que ouvia do velho Norberto, o mestre-de-açúcar de Roçadinho. O lançamento do livro permitiu a volta de Mello Bastos à terra natal, em Alagoas, o que foi documentado pelo neto Miguel, em Verdade Verdadeira.
  • A greve Mello Bastos foi a primeira greve geral dos transportes no Brasil, em 1963. A Varig demitiu o líder sindical por causa da luta pela AEROBRÁS. O Comando Geral dos Trabalhadores parou o país. Um ano depois, o golpe militar empurrou Mello Bastos para o exílio, no Uruguai. Salvo-Conduto é um importante testemunho de um militante político dedicado, mas é também uma página saborosa das memórias do menino de engenho das Alagoas que se torna piloto militar e vira cordel quando pousa em Cupira, num Vultee da FAB. Há 70 anos!

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